quarta-feira, 24 de junho de 2015

“Sou um monte confuso de forças cheias de infinito...” Fernando Pessoa

São tantos os fantasmas que me cercam,
Tantos os monstros que me perseguem.
Tenho um grito preso dentro de mim...
Lágrimas teimam em cair.

Em uma noite escura eu entreguei a minha vida a Luz Divina,
Eu lutei com todas as minhas forças.
Vi muitas mortes acontecerem dentro de mim,
Mas vi nascer um solo fértil para o novo germinar.

E novamente noites escuras me assombram...
Inveja, mentira, ódio, ganância, intriga...
Eis o Câncer da humanidade,
Células malignas com grande poder devastador.

Corroem por dentro, devastam tudo...
Mutilam corpos sensíveis...
Eu me pergunto...
Existirá a cura?

Quando deixaremos os disfarces que escodem nossa verdade?
Quando retornaremos a nossa essência Divina?
Será possível aprendermos a amar incondicionalmente?
Eu quero crer que sim.

Pois me sinto assim... Doente.
Sinto-me no meio de um furacão de rancor e preconceito...
Sinto uma tempestade em mim...
A mesma que um dia devastou e transformou tudo por dentro...

O Câncer não foi capaz de me destruir.
Reconheci a força que tinha e lutei.
Quem sabe seja este, mais um aprendizado,
Eu preciso aprender a me defender.

Não quero e não irei lutar.
Minhas armas, eu uso para me proteger,
Minha fé, meu amor e minha luz.
Serão os antídotos que continuarei usando.

A esperança, uma espera dançante que flutua...
A fé, uma luz na escuridão...
O amor, uma chama sempre acessa...
A coragem, um suspiro profundo...

Minha existência, uma passagem...
Meus fantasmas dormirão em meu colo...
E meu corpo repousará nos braços de um velho amigo...
Um guia, um mestre, um anjo...

Acolhida por ti,
Estarei em paz.
Que assim seja.
Assim é e assim será!

Porto, Portugal.

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