sábado, 29 de setembro de 2012

Assim nascem os girassóis...




" Tenho lampejos de fé, e lampejos de descrença no minuto seguinte! Me sinto plena vivendo a luz, e angustiada na escuridão das sombras. Me sinto integrada e solitária. Me sinto em plenitude com consciência e compreensão e minutos depois sinto desamor, raiva, ódio,... Me falta coragem, perco a fé, saio da luz, caiu em um abismo de medo e tristeza. Choro triste observando estes paradoxos, vejo padrões se repetindo por toda uma vida, até quando suportarei isso? Até quando terei que voltar do abismo, até quando terei que morrer para reviver, fortalecida e amadurecida. Até quando ficarei enfraquecida, até quando vou chorar, até quando serei submissa a mim mesma deste padrão que me derruba toda vez." Algum dia de 2011

Até quando vou viver este tormento... Não me contentei com nenhuma resposta encontrada, mas alguns caminhos se mostram interessantes. Sabe até quando terei que voltar do abismo? Até começar a perceber os sinais da vida e ter a possibilidade de fazer mudanças graduais e constantes. Nada precisa ser radical é tudo uma questão de consciência e vontade. 

Talvez algumas coisas tenham mudado nos dias de hoje. Continuo observando os paradoxos, as polarizações e contradições, e por meio do atrito entre eles, eu produzo o fogo. O fogo da transmutação, que a tudo muda, tudo transforma e tudo evolui. Continuo vendo padrões se repetindo, são as minhas sombras atuando, são meus inimigos ocultos que teimam em se aproximar, sabe o que eu busco fazer? Dar colo a todos eles!


Morrer para renascer? Claro... Isso não mudou, continuo morrendo e nascendo a cada instante, a cada dor, a cada alegria, em cada desencontro, ou frustração, decepção, mágoa,... Continuo caindo e continuarei a cair, mas me vejo levantando com vitalidade e coragem para seguir! Se choro? Claro que sim, é um grande alívio, é a possibilita de viver  o  luto de todas as minhas angustias e tristezas. E como diz um conto que ouvi certa vez, derramo minhas lágrimas em uma semente de girassol, algo muita belo há de brotar.  

 RTZB

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Se tornar quem se É...


Parecia fácil me tornar quem queria Ser, difícil era perceber que as imposições, leis, regras, instituições me distanciavam cada vez mais desta meta. Se tornar quem se É, é uma tarefa para uma vida toda... De entregas e descobertas, de consciência e sabedoria, de encontros e desencontros... E que belos são os encontros quando acontecem em plenitude, se tornam inesquecíveis e adoráveis, são como portais que nós conduzem sempre a evolução... E que incríveis são também os desencontros, nos colocam diante da nossa incapacidade de ver além, do apego e da vontade de cumprir aquilo que achamos ser o ideal... Mas o que são os ideais? Vontades, desejos, prazeres, sonhos,... É grande o risco do ideal ser somente aquilo que fica na idéia. E então nosso corpo padece, cai nos braços da tristeza e dos lamentos, da inquietude e da desesperança... Mas que grata surpresa são nossas noites repletas de imagens novas e encantadoras, que nos apontam para uma imensidão de infinitas possibilidades... E aquilo que queríamos se torna tão pequeno e medíocre, e assim se esvai, sutil e docemente abandona o corpo e deixa em seu lugar a vontade e a esperança de se viver mais e mais dias e encontros plenos... O finito dentro do infinito! Venho aprendendo, que amores serão sempre eternos, amarei para todo o sempre e quando não mais me lembrar, mas ouvir o tom de sua voz posso relembrar e reviver o amor, incondicionalmente... E somos realmente sozinhos nesta imensidão terrena, chegamos só e partiremos só, isso é se nos limitarmos a essa dimensão. Pois eu já desejo acreditar e vivenciar a imensidão divina, transcender e escutar a intuição e me colocar na trilha do caminho do meio, servindo para ser servida e assim me tornar quem EU SOU.
  

Má Costa

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Cultivando o perdão...


"... Posso me perder em meio as sombras que travam meu peito em dor e aflição... É o sofrimento da decepção e da profunda angústia que minha alma sente. Pois será nela, na alma, que deverá nascer o perdão. Perdoar o meu Eu inferior submisso ao corpo físico, ao apego, ao medo, a inquietude,... Evoluir para o meu Eu superior que a tudo e a todos perdoa, e traz em sua essência o amor humilde. É a minha alma que me perdoa e te perdoa, pois é ela que possui sabedoria para transcender as limitações desta dimensão ordinária.

Meu corpo talvez não tenha perdoado, pode ser que volte a doer e a se comprimir... Talvez sinta arrepios ao te encontrar, ou chore ao se recordar... Mas minha alma se encarregará de fazê-lo entender sem culpa e julgamentos, que não podemos nos prender as conseqüências negativas de nossos atos. Precisa-se ter somente um novo olhar...

E a partir deste novo olhar, evoluimos e continuamos a caminhar na trilha da vida... Livres!

Má Costa