" Tenho lampejos de fé, e lampejos de descrença no minuto
seguinte! Me sinto plena vivendo a luz, e angustiada na escuridão das sombras.
Me sinto integrada e solitária. Me sinto em plenitude com consciência e
compreensão e minutos depois sinto desamor, raiva, ódio,... Me falta
coragem, perco a fé, saio da luz, caiu em um abismo de medo e tristeza. Choro
triste observando estes paradoxos, vejo padrões se repetindo por toda uma vida,
até quando suportarei isso? Até quando terei que voltar do abismo, até
quando terei que morrer para reviver, fortalecida e amadurecida. Até
quando ficarei enfraquecida, até quando vou chorar, até quando serei
submissa a mim mesma deste padrão que me derruba toda vez." Algum dia de
2011
Até quando vou viver
este tormento... Não me contentei com nenhuma resposta encontrada, mas alguns caminhos
se mostram interessantes. Sabe até quando terei que voltar do abismo? Até começar
a perceber os sinais da vida e ter a possibilidade de fazer mudanças graduais e
constantes. Nada precisa ser radical é tudo uma questão de consciência e
vontade.
Talvez algumas coisas tenham mudado nos dias de hoje. Continuo observando
os paradoxos, as polarizações e contradições, e por meio do atrito entre eles,
eu produzo o fogo. O fogo da transmutação, que a tudo muda, tudo transforma e
tudo evolui. Continuo vendo padrões se repetindo, são as minhas sombras
atuando, são meus inimigos ocultos que teimam em se aproximar, sabe o que eu
busco fazer? Dar colo a todos eles!
Morrer para renascer? Claro... Isso não mudou, continuo morrendo e
nascendo a cada instante, a cada dor, a cada alegria, em cada desencontro, ou
frustração, decepção, mágoa,... Continuo caindo e continuarei a cair, mas me
vejo levantando com vitalidade e coragem para seguir! Se choro? Claro que sim, é
um grande alívio, é a possibilita de viver o luto de todas as minhas
angustias e tristezas. E como diz um conto que ouvi certa vez, derramo minhas lágrimas
em uma semente de girassol, algo muita belo há de brotar.
RTZB